A Chave contra o Conformismo
“Aqueles que não aprendem da história estão fadados a
repetí-la” – fonte desconhecida
“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso
se fará; de modo que nada há de novo debaixo do
sol. Há alguma coisa de que se possa dizer:
Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes
de nós.” Kehelet (Eclesiastes) 1:9-10
O ano é 173AC.
Uma terrível guerra está só começando. Este é
um choque que não começou no campo de batalha das
armas e da morte mas sim no campo de batalha
da mente. O grande rei Antíoco Epifânio está defendendo a
causa da helenização através do Oriente
Médio. Em outras palavras, Antíoco está tentando fazer com que
todos os povos do seu reino sejam como o
restante dos gregos. Sua causa é conquistar as mentes das
pessoas e fazê-las viverem como o mundo grego
‘civilizado.’
A história nos ensina que Antíoco fundou mais
cidades gregas novas do que qualquer governante anterior.
Ele também trouxe grande perseguição sobre os
crentes hebreus na Terra de Israel. Primeiranete, o sumosacerdote
do Templo foi substituído por um grego de
nome Jason. Jason lutou para mudar a religião dos
hebreus e torná-la mais aceitável à adoração
de outros deuses. Em 167AC. As coisas ficaram bem feias
uma vez que os hebreus foram forçados, sob
pena de morte, a “deixarem
as leis dos seus pais e pararem
de viver pelas leis da Torá. Além disto, o
Santuário em Jerusalém deveria ser poluído e receber o nome de
Zeus Olímpio.” diz o livro de 2 Macabeus 6:1,2
Antíoco entrou no Templo, até mesmo no Santo
dos Santos, ofereceu animais impuros e realizou atos
sexuais sobre o altar de sacrifício. Ele
proibiu os hebreus de circuncisarem seus filhos. Ele até ordenou que
as noivas passassem uma noite com um general
grego antes da realização do casamento. Fica claro que
este era um sujeito mau com maus objetivos!
Muitos hebreus acabaram cedendo os caminhos
do rei sem falar nada. Eles prejudicaram as suas crenças
ao sairem da fé verdadeira e aceitarem os
muitos deuses da Grécia. Ao invés de lutarem, eles cederam.
Alguns chegaram até a passar por cirurgias
dolorosas para reverter a circuncisão! Contudo, houve uma
família que se recusou a ceder.
Um homem chamado Matitiyahu e seus cinco
filhos resistiram. A oposição deles começou uma rebelião que
se escreveria nos livros da história como uma
das maiores batalhas militares de todos os tempos. A recusa
deles em aceitarem os caminhos gregos acendeu
uma chama de esperança entre o povo perseguido da
Judéia. Essa chama continua a brilhar até
hoje.
A história conta que os gregos chegaram à
cidade onde Matitiyahu e sua família viviam. O exército maligno
ordenou a todos que se curvassem e adorassem
à grande estátua de Zeus. Quando Matitiyahu, que era de
linhagem sacerdotal, viu um companheiro
hebreu começar a adorar o ídolo ele rapidamente começou a agir.
Matitiyahu matou o hebreu e declarou aos que
estavam ao redor dele “Mi la YHWH elai”, isto é, “Quem é por
YHWH junte-se a mim.” Ele tomou seu filho
Yehudá, sua família, e outros hebreus leais com ele e eles
fugiram para as montanhas, onde puderam
planejar e começar a guerra. “Esses homens acreditavam que
não poderiam livrar Israel do domínio
estrangeiro, mas eles estavam dispostos a arriscarem suas vidas para
que o povo judeu pudesse gozar de liberdade
espiritual e controlar o seu Templo. Matitiyahu morreu, mas
os seus filhos continuaram a lutar sob a
liderança de Yehudá Macabi (Yehudá “o martelo”). Os macabeus,
com quatro batalhões de 1.000 homens cada,
derrotou um exército de 40.000 soldados e 7.000 cavaleiros.
Então, em 165AC, Yehudá reuniu uma força de
10.000 judeus e derrotou um exército de 60.000 soldados e
5.000 cavaleiros” escreveu o rabino Moshe Koniuchowsky.
Finalmente os macabeus conseguiram sobrepujar
os gregos e retomar o controle de Jerusalém, e do sítio
do Templo sagrado. Eles descobriram que essa
área de adoração havia sido profanada e destruída. Então,
eles começaram a tediosa tarefa de remontarem
o Santuário da forma como foi descrita. Eles reconstruiram
certos itens que estavam faltando, eles
lavaram utensílios sujos, limparam todo o lugar e marcaram uma
data para santificar o Templo e rededicá-lo a
YHWH. A celebração duraria oito dias de oração e adoração
durante os quais eles consagrariam o lugar a
Elohim. A história diz que quando os sacerdotes foram
acender a Menorá que está no Santo Lugar,
eles não tinham óleo sagrado suficiente para durar por todo o
festival. Os sacerdotes confiaram em YHWH e o
óleo queimou por oito dias: tempo o bastante para
consagrar óleo novo da forma prescrita pela
Torá. A propósito, a palavra hebraica para dedicação é
“Chanucá.” É desses eventos que temos a Festa
de Chanucá tal qual celebrada por nosso Messias Yeshua
em Yochanan (João) 10.
Por mais de dois mil anos a história dos
macabeus tem sido contada e recontada como principal motivo
para a época de celebração dos oito dias de
Chanucá. Mas por favor, não descarte tais eventos como
sendo apenas para a época de feriados. Não
pense que a história de Chanucá é uma fábula para crianças
para substituir o Natal. Os milagres que
aconteceram durante a revolta de Yehudá e seu exército são
especiais demais para serem lembrados apenas
uma vez por ano. Está na hora de lembrarmos diariamente
de Chanucá. Mas talvez essas maravilhas
externas sejam secundárias quando comparadas
com os milagres que ocorreram dentro do povo
hebreu na época. Como este ensinamento traz
entendimento, sabedoria e conhecimento, que
seja Chanucá o ano todo para o povo de Israel. Podemos
aprender com os macabeus sobre como não
deixar que nossa fé se conforme com o mundo?
O Verdadeiro Milagre
Veja, o objetivo do rei Epifânio não era
necessariamente matar os hebreus. O seu real propósito era o de
mudá-los. Ele queria que eles fossem como o
resto dos gregos mundanos. Epifânio, que foi chamado de
“louco” por seus contemporâneos, não permitiu
que os hebreus guardassem o Shabat ou estudassem a
Torá. Ele acreditava que ao criar leis que
danificavam a fé e até mesmo ao destruir o seu lugar de adoração,
ele poderia derroar a fé dos hebreus e
destruir sua cultura. O rei estava errado. O rei não entendeu que a fé
bíblica não era centrada em construções, mas
sim em quem somos. O rei logo descobriu que apesar da
Menorá estar apagada, o óleo permanecia. A fé
dos hebreus estava dentro do povo, e não baseada em algo
exterior.
É esse milagre, o milagre da oposição que se
sobressai, que é maior que o milagre do óleo ou das batalhas
militares. Antíoco queria conformismo, queria
um meio-termo. Ele fez de tudo para que os israelitas se
assimilassem, se misturassem, poluíssem a sua
fé, cedessem e andassem pelo caminho do meio-termo.
Alguns judeus fizeram isso. Eles aceitaram os
caminhos gregos e trocaram os seus talitot (“chales de
oração”) por togas. Eles se misturaram com
outros povos e outras crenças e perderam a sua identidade.
Outros não.
Que possamos aprender dos exemplos de
Matitiyahu e de seus filhos, que se recusaram a ceder ao
conformismo porque o inimigo não mudou ao
longo do tempo. A batalha continua sendo a mesma. Será que
vamos seguir as palavras da Bíblia e vivermos
o nosso estilo de vida hebraico ou será que vamos nos
conformar com o mundo e nos misturarmos com
ele? Essa é uma batalha diária pela fé que ainda ruge
dentro da vida de cada crente. “Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz YHWH;
e não toqueis
coisa imunda, e eu vos receberei; e eu
serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o El
Shadai.” 2 Coríntios 6:17-18.
O conformismo está diretamente associado ao
comprometimento da fé. No hebraico, a palavra usada para
isto é “p’shara”. Este termo significa “expor
ou tornar-se sujeito ao perigo, suspeita ou infâmia”. Isto significa
que “resolver diferenças por concessões
mútuas, especialmente para evitar ou encerrar um proecesso
judicial.” Como? P’shara é a escolha do
conformismo: é escolher ceder ou até conceder. O
comprometimento, como a própria definição
diz, é um acordo mútuo. É uma ação que deve ser tomada e
aceita – o comprometimento não é forçado.
Alguns hebreus escolheram p’shara, enquanto outros não.
Curiosamente, não existe uma palavra para “comprometimento”
no árabe antigo que é falado pelos
muçulmanos. Uma das razões pelas quais não há
comprometimento no Oriente Médio é porque o sistema
de crenças islâmicas não acredita em ceder.
Eles sequer têm uma palavra para comprometimento em seu
dicionário.
A guerra contra a p’shara é uma das maiores
batalhas que os que seguem a Torá encaram hoje. O mundo
nos chama a sermos conformistas. Nossos
filhos são bombardeados por músicos, atores, e a mídia que
determina e espalha os modismos. Nós devemos
resistir.
Tome a Decisão
Primeiramente, devemos decidir não
comprometermos a nossa fé. Em uma fração de segundos o sacerdote
Matitiyahu se levantou contra os gregos e até
matou publicamente um pagão. Ele então entrou em guerra
contra aqueles que tentavam persuadir os
hebreus a adorarem Zeus. Matitiyahu não fez nada de
espetacular: ele só estava caminhando em sua
herança como sacerdote de YHWH.
Os sacerdotes deveriam ensinar Israel a ser
kadosh, isto é, “santo” ou “separado.” O povo não deveria se
misturar com o mundo. Eles não deveriam
misturar o que é limpo com o que é impuro e nem mesmo colocar
um mesmo fardo sobre animias diferentes. Eles
não deveriam casar-se com pagãos nem vestirem roupas
de fios misturados. Israel deveria ser
diferente. Parar de misturar a verdade com a mentira apenas fazia
parte de ser um sacerdote. Quando Matitiyahu
se levantou contra a oposição, ele proclamou “Mi la YHWH
elai” ou “Quem é por YHWH junte-se a mim!” Assim como Matitiyahu, temos que
sobrepujar nossos medos
e formarmos um forte compromisso de não
cedermos.
Insista
Para os hebreus, a vitória não foi fácil nem
rápida. Os israelitas levaram três anos na guerra para derrotar
os gregos. Eles estavam em número menor,
tinham armas melhores, e eram menos preparados, mas ainda
assim venceram. Até o seu líder Matitiyahu
havia sido morto na batalha. Eles poderiam ter desistido a
qualquer momento, mas não o fizeram. Através
de tudo o que lhe aconteceu, o exército dos macabeus
perseverou e finalmente venceu o rei. Depois
de muitas batalhas ferozes eles reconquistaram o que era
deles de direito desde o começo. E hoje em
dia não é diferente. Devemos lutar para reconquistarmos o
estilo de vida que é nosso de direito. E
temos que continuar a lutar. O oposto do comodismo é a
perseverança. Temos que sermos os mesmos;
temos nos preservarmos durante os eventos da vida. A
guerra contra o comodismo é uma maratona e
não um cem-metros rasos. Perseverança é uma luta diária.
Ainda assim, é uma luta que vale à pena. “Não temas o que hás de sofrer. Eis que o Acusador está
para
lançar alguns de vós na prisão, para que
sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a
morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem
tem ouvidos, ouça [isto é: Escute atentamente] o que a Ruach diz
às kehilot. O que vencer, de modo algum
sofrerá o dado da segunda morte.” Apocalipse 2:10-11.
Purifique-se
Em terceiro lugar, temos que nos
purificarmos. O comprometimento é uma bagunça porque atenua a
diferença entre o que é certo e o que é
errado. Essa confusão e esse caos precisam ser esclarecidos.
Quando os israelitas retomaram o Templo, eles
o encontraram totalmente destruído. Ele tinha sido
profanado e precisava ser reconstruído. Isso
requereu deles muito trabalho e recusa em tomar atalhos.
Através desse processo, os hebreus poderiam
ter comprometido a pureza da fé usando mobília e itens
diferentes dos descritos na Torá. Eles podiam
ter se acomodado. Quando os sacerdotes tinham somente
óleo para um dia, eles tinham que tomar uma
decisão. Eles deveriam ter misturado o óleo sagrado ou
simplesmente usado óleo comum de lâmpada para
a Menorá?
Eles podiam ter comprometido o que era santo,
mas eles não o fizeram. Eles acreditaram e confiaram em
YHWH com aquilo que tinham. Por causa dessa
confiança comemoramos esse milagre todo ano por volta
do mês de dezembro. Pense por um minuto se os
hebreus tivessem se acomodado e não tivessem confiado
em YHWH para multiplicar o óleo. Você acha
que teríamos essa celebração de oito dias de Chanucá com
uma Menorá especial? Provavelmente não.
De fato, o maior milagre de Chanucá é o que
aconteceu DENTRO das pessoas. A resistência deles contra o
comprometer o mundo espiritual levou aos
prodígios no mundo físico. Assim como a viúva cujo alimento não
acabou e tal como os peixes e pães que foram
multiplicados para alimentar os milhares, uma porção de
óleo foi suficiente. Tal como diz a canção de
Pessach “Dayeinu” – sempre é suficiente. Quando você confia
em YHWH e não cede ao comodismo as suas
necessidades serão sempre preenchidas.
Um Remanescente e Uma Queda
É importante lembrar que todos esses eventos
giraram em torno de um remanescente. Um remanescente é
‘uma pequena parte de um original que não se
misturou.’ Um remanescente é como o começo, porém se
mantém até o final. Foi um remanescente do
óleo original que foi usado pelos sacerdotes. E até mesmo os
próprios sacerdotes eram um remanescente da
linhagem original que servia no Tabernáculo no deserto. Tal
qual seus antepassados, os sacerdotes tiveram
que se levantar e desafiar o mundo do comodismo. Eles
também tiveram que fazer ‘tikun’ ou
reparar/retificar os erros do passado deles.
Durante a viagem de Israel desde o Egito, os
sacerdotes cederam ao povo e comprometeram a verdadeira
adoração. “Mas
vendo o povo que Moshe tardava em descer do monte, acercou-se de Aharon, e
disse-lhe:
Levanta-te, faze-nos deuses, que vão
adiante de nós; porque quanto a este Moshe, o homem que nos tirou
da terra do Egito, não sabemos o que lhe
sucedeu. E Aharon lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro,
que estão nas orelhas de vossas mulheres, e
de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo
o povo arrancou os pendentes de ouro, que
estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Aharon. E ele os
tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com
um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram:
Este é teu Elohim, ó Israel, que te tirou
da terra do Egito.” Shemot (Êxodo 32:1-4)
Aharon cedeu à solicitação da nação e
deu-lhes o ídolo do bezerro de ouro. Lembre-se: caso você não
aprenda com o passado, então está fadado a
repetí-lo. Se não fizermos tikun dos erros de nossos
ancestrais, então podemos acabar
replicando-os. Não podemos tolerar o conformismo na família de Israel.
Não só isto precisa ser parado, como também
precisa ser consertado. Por causa do pecado do bezerro de
ouro, a nação toda precisava de tikun.
Talvez parte do tikun de Israel ocorreu nas
ações de Pinchas. “Vendo isso Pinchas, filho de Eleazar, o
filho
de Aharon, sacerdote, se levantou do meio
da congregação, e tomou uma lança na sua mão; E foi após o
homem israelita até à tenda, e os
atravessou a ambos, ao homem israelita e à mulher, pelo ventre; então a
praga cessou de sobre os filhos de Israel.”
Bamidbar (Números) 25:7-8. O tikun
do pecado de Aharon
ocorreu quando Pinchas o sacerdote matou um
rebelde público. Assim, no reflexo e sombra do
remanescente, Matitiyahu, descendente de
Aharon, também se levantou na ocasião e matou um rebelde
público. Pinchas e Matitiyahu se recusaram a
se conformarem com o mundo. É impressionante como
Matitiyahu inclusive repetiu a resposta de
Moshe ao pecado do bezerro de ouro. “Mi la
YHWH elai” ou
“Quem é por YHWH junte-se a mim!”
Shemot/Êxodo 32:26.
O remanescente continua agora enquanto
encaramos o monstro do conformismo. Todos dias você tem uma
oportunidade de aprender com o passado e
mudar o futuro. Aqui no tempo presente você pode de fato
recriar o milagre de Chanucá ao fortalecer a
sua fé e decidir não comprometê-la. “Não
ameis o mundo, nem
o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no
mundo, o yetser hará, a cobiça dos olhos e
a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.” 1
Yochanan (João) 2:15-16.
Rejeitando o mundo
Rejeitar o mundo não é fácil, mas é
necessário.
De certa forma nós, enquanto israelitas,
temos que desafiar a gravidade. Devemos resistir aos puxões do
mundo. Devemos rejeitar a mistura. É difícil
nadar contra a maré e resistir às influências daqueles que nos
cercam. O Talmud diz: “Todos os começos são difíceis.” Porém se tornam mais fáceis a medida em que
optamos por não fazer p’shara. Existe um
princípio do momento que diz que toda vez que você realiza uma
mitsvá (mandamento) ou se recusa a se deixar
levar pelos caminhos do mundo, o seu espírito é fortalecido.
Barreiras são quebradas uma vez que você
rejeita o desejo de se conformar com o mundo. Um exemplo
são as festas de YHWH. De início, elas são
novas e talvez até difíceis de celebrar. Mas a medida que o
tempo passa, as novas ações se tornam
hábitos; elas se tornam parte de você e não aparentam ser tão
estranhas. A medida que as ações são
repetidas, torna-se cada vez mais fácil simplesmente realizar as
mitsvot (mandamentos). E a cada momento em que
você se recusa a permitir que a sua vida se misture
com o mundo, você se torna uma testemunha e
um exemplo de como um seguidor de YHWH deve viver.
Resista à tentação quando você for
confrontado com a opção de seguir a YHWH ou não. Não dê brecha ao
adversário. “nem deis lugar ao Acusador.” Efésios 4:27
Seja fiel nas pequenas coisas. A maioria das
pessoas não compromete a fé desobedecendo ‘grandes’
mandamentos como não matar ou roubar. Porém,
será que a sua fé permanecerá firme quando lidar com
pequenas escolhas tais como observar o
Shabat, comer casher, ou refrear a língua? É difícil resistir à
p’shara nas pequenas áreas da vida. A próxima
vez em que você for tentado a cruzar a linha, lembre-se que
os sacerdotes não comprometeram nem mesmo o
óleo que eles usavam no Templo.
A medida que você é fiel a YHWH, você pode
esperar que milagres ocorram. Na realidade, você pode fazer
os milagres ocorrerem através da sua devoção.
Espere o inesperado e experimente o impensável a medida
em que o seu coração é moldado nas mãos do
Pai. Assim como os israelitas rededicaram o Templo,
reafirme seu compromisso com YHWH e com o Seu
serviço. Limpe as áreas onde a fé é comprometida e
onde há influências maligns. Desligue aquele
programa de TV racista. Deixe de lado as roupas que revelam
demais. Preste atenção em quanto dinheiro
você gasta com coisas que não são necessárias. Diga ‘não’
quando os seus amigos e colegas de trabalho
te alfinetarem ou te tentarem a desobedecer à Torá.
Em suma, no que diz respeito à vida não há
nada de novo debaixo do sol. As lutas que encaramos hoje,
como entender a nossa herança e como estar
neste mundo sem ser deste mundo, não são novidades. Os
poderes e as muitas pessoas ao nosso redor
desprezam a forma que agimos e querem que mudemos. Nós
também devemos ficar firmes como os macabeus
e lutarmos por nossas vidas mesmo em meio à
perseguição do mundo. Devemos aprendr com o
erro de Aharon e fazer tikun olam, isto é, ‘restaurar o
mundo’, através da nossa resistência e recusa
a comprometermos nossa fé pelo conformismo.
Será que você pode proclamar como Moshe e
Matitiyahu fizeram? “Mi la YHWH elai” ou “Quem é por
YHWH junte-se a
mim!” Shemot/Êxodo 32:26
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