É verdade que Yeshua ressuscitou domingo de manhã? Alguns advogam que o domingo se tornou dia de guarda, baseados nesta idéia. Seria isto verdade? É certo considerar parte de um dia, como sendo 24 horas?
O MASHIACH E O
SINAL DE JONAS
Sem contar com a
história de Jonas e seu peixe captor, não haveria uma prova positiva com a qual
refutar o protesto de que o Mashiach da Bíblia era um impostor; porque Ele
mesmo disse a alguns incrédulos escribas e fariseus (os quais haviam duvidado
de sua verdadeira identidade, embora O haviam visto fazer milagres), que não
seria dado outro sinal além do de Jonas, para provar sua afirmação de ser o
MESSIAS.
"...Então
alguns escribas e fariseus lhe disseram: Mestre, gostaríamos de ver da tua
parte algum sinal. E Ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um
sinal, porém não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas. Pois como
Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o
Filho do homem três dias e três noites no seio da terra." (Mat. 12:38-40)
Se o Mashiach não
permanecesse no túmulo o tempo exato especificado neste relato de Jonas, não
seria o verdadeiro MESSIAS, portanto, o elemento tempo exato, especificado nos
ensinamentos das Escrituras, concernentes à Crucificação e Ressurreição do
Mashiach é vital, como o mostraremos.É importante também notar que o relato
feito por Mateus do qual Yeshua especificou, ensina que depois de
Sua morte, o Mashiach estaria no túmulo por três dias e três noites, ou seja,
um total de exatamente 72 horas. O mesmo tempo, portanto, que Jonas ficou
confinado dentro do grande peixe.
DIFÍCIL DE RESPONDER
Este ensinamento
de Yeshua, introduz na mente de milhões de religiosos mal informados uma
pergunta difícil de responder. Como pode este sinal ser verdadeiro em Yeshua ?
Se Yeshua foi
crucificado na "sexta-feira santa", posto no túmulo justamente antes
do pôr-do-sol deste mesmo dia, e se levantou na manhã de domingo (como poderia
sugerir uma leitura superficial de certas passagens da Brit Chadasha (NT), Ele
não teria estado no túmulo os três dias e três noites; não poderia ter sido o
verdadeiro Messias. Em Jonas 1:17 lemos:
"Deparou o
SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e
três noites no ventre do peixe..."
Isto esclarece que
Jonas esteve verdadeiramente dentro ou sepultado no peixe, três dias completos
e três noites completas, o que é equivalente a 72 horas. Antes de acontecer
isto, Jonas havia entrado num barco para fugir de seu dever, porém o tempo que
permaneceu no navio não conta nos três dias e três noites que esteve dentro do
peixe.
Para fazer o tipo
verdadeiro, nós não podemos contar o tempo que Mashiach esteve nas mãos dos
judeus e dos romanos. Considera-se somente o tempo que esteve no túmulo,
exatamente três dias e três noites.
QUANDO YESHUA
HAMASHIACH FOI COLOCADO NO TÚMULO?
Ser-nos-ía de
grande ajuda, enquanto continuamos o estudo do elemento tempo na crucificação e
ressurreição de Mashiach, determinar quando Yeshua foi posto no túmulo. Ele foi
colocado ali no mesmo dia que foi crucificado; precisamente na tarde deste dia,
próximo ao pôr-do-sol.
Com relação a
isto, citamos o relato do seu sepultamento como está registrado em Marcos
15:42-43:
"E quando já
era tarde (pois era a preparação, isto é, a véspera de sábado), foi José de
Arimatéia, membro ilustre do Sinédrio, que também esperava o Reino de D-us,
apresentou-se corajosamente a Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus."
O mesmo relato
encontra-se em Lc 23:52-54
"Este foi ter
com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Yeshua. Tendo descido-o da cruz, envolveu-o
num lençol e depositou-o num sepulcro aberto na rocha, no qual ninguém ainda
tinha sido sepultado. E era véspera da Páscoa, e estava para raiar o
sábado."
Estes versos
logicamente fixam uma questão: Que dia da semana era este chamado sábado? Que
dia era este chamado de "a preparação"?
De acordo com o
quarto mandamento do decálogo, como se encontra em Êxodo 20:8-11, o sétimo dia
da semana está designado como Sábado, o qual segue-se chamado até hoje de
Sábado.
Portanto, se o
Sábado mencionado em Lucas 23:54 era o sétimo dia da semana (de acordo com o
quarto mandamento) bem poderia ser determinado que a sexta-feira (o dia
anterior ao sábado) fosse o dia da preparação, mencionando neste mesmo verso.
Assim que, por este raciocínio e relato da Escritura, parece que o Mashiach foi
crucificado e sepultado na sexta-feira, precisamente antes do pôr-do-sol.
Esta é a conclusão
comumente aceita e, aparentemente, tem fundamento
bíblico. Se esta conclusão é
correta, o Mashiach não cumpriu a profecia que disse, relacionada a Si mesmo.
Porque, se ressuscitou no domingo de manhã, como geralmente se crê, Ele esteve
no túmulo somente duas noites e um dia: sexta-feira de noite (uma noite), o dia
de sábado (um dia), e a noite depois do pôr-do-sol do sábado (duas noites).
Ainda se
contássemos o curto período entre o tempo que foi posto no túmulo...
e o pôr-do-sol como mais um dia, a conta só mudaria para Dois dias e duas noites, ou seja, um dia e uma noite menos que o tempo que o Mashiach disse que permaneceria no túmulo. E se não esteve ali o tempo completo que Ele prometeu, teria sido um impostor, porque Ele assegurou que este seria o único sinal dado.
e o pôr-do-sol como mais um dia, a conta só mudaria para Dois dias e duas noites, ou seja, um dia e uma noite menos que o tempo que o Mashiach disse que permaneceria no túmulo. E se não esteve ali o tempo completo que Ele prometeu, teria sido um impostor, porque Ele assegurou que este seria o único sinal dado.
Qualquer tentativa
de contar alguma parte do dia de domingo como outro dia completo, no qual
Mashiach poderia ter estado no túmulo antes de ressuscitar, teria que ser
rejeitada, porque o anjo (de acordo com o relato de João 20:1) disse às
mulheres que foram ao túmulo antes da saída do sol, que o Mashiach já havia
ressuscitado e já havia saído. João especifica no seu evangelho que a visita
foi feita "...Quando ainda estava escuro." Portanto, devemos estar
seguros de que há algum equívoco com a teoria da crucificação na sexta-feira e
da ressurreição no domingo pois Yeshua é o verdadeiro Messias e sempre disse a
verdade.
QUANDO
YESHUA HAMASHIACH DEIXOU O TÚMULO?
Antes de responder
a pergunta do subtítulo, faremos outra: Quando o Mashiach foi colocado no
túmulo? Mateus revela o tempo: "No findar do sábado, ao entrar o primeiro
dia da semana, Maria Madalena e outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que
houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se,
removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e
a sua veste alva como a neve. E os guardas tremeram apavorados, e ficaram como
se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse; Não temais;
porque eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui:
ressuscitou, como havia dito. Vinde ver onde ele jazia." (Mateus 28:1-6)
Nestes versos
encontramos que Mateus acrescenta uma informação muito importante referente ao
acontecimento, não encontrando contradição alguma no seu relato. Mateus é o
único escritor do Evangelho que assinala o tempo da ressurreição. Ele escreve
de uma visita feita ao túmulo antes de começar o primeiro dia da semana:
"No findar do sábado ao entrar o primeiro dia da semana..."
Ele não diz
exatamente quanto tempo antes de o dia seguinte começará, porém está definindo
que foi à tarde, na última hora do sábado semanal.
Isto explica
completamente porque o Mashiach não estava no túmulo quando O visitaram de
manhã ou de madrugada, depois do sábado (ao começar o primeiro dia da semana,
hoje chamado domingo).
As mulheres, no
relato de Mateus, estavam ali (nas redondezas pelo menos) no tempo da
ressurreição, porque Mateus relata que "houve um grande terremoto: porque
o anjo do Eterno, descendo do céu e chegando, havia revolvido a pedra e estava
sentado sobre ela..." Elas, no entanto, não viram realmente que o Mashiach
foi levado do túmulo.
Note-se que Mateus
detalha o tempo da ressurreição com duas expressões diferentes: "no fim do
sábado" e "quando começava a amanhecer o primeiro dia da
semana", ou "ao entrar o primeiro dia". Estes são sinônimos, já
que o sábado termina no pôr-do-sol. (Leia Lev. 23:32)
O SIGNIFICADO DA
PALAVRA "AMANHECER"
A palavra
amanhecer em Mateus 28:1 merece uma explicação. Embora seja aplicada usualmente
como "manhã", na linguagem bíblica, neste caso específico, não indica
o tempo de saída do sol, mas o começar de um dia completo de 24 horas.
Primeiramente,
Mateus acaba de dizer que era "No fim do sábado...", isto porque o
sábado termina no pôr-do-sol, portanto, seria impossível neste caso, a palavra
"amanhecer", significar o romper do sol porque o sol não se levanta
senão 12 horas mais tarde. Não poderia ser o fim do sábado e a manhã de domingo
ao mesmo tempo.
Em segundo lugar,
a palavra "amanhecer" foi usada aqui como um verbo e não como um
sujeito.
Note-se que as
palavras não são: "...no amanhecer" mas "quando começava a
amanhecer..." ou ao entrar o primeiro dia..." Como verbo, o
dicionário de Wester define a palavra amanhecer: "começar a aparecer,
desenvolver, dar promessa, primeira aparência, princípio...", portanto,
devemos entender que a ressurreição aconteceu quando o primeiro dia da semana
estava perto, iniciando, começando a aparecer, quando o crepúsculo e a grande
escuridão deram promessa de um novo dia que ia começar; porém definitivamente
ANTES e não DEPOIS. A ressurreição foi efetuada no final de um dia e não no
princípio de outro.
O termo amanhecer
nesta passagem deriva-se da palavra grega "epiphosko". O "Greek
and English Lexicon of the New Testament" de Parkhurst define:
Aproximar-se, como o Sábado judeu, que começa na tarde". Para confirmá-lo
consulte Levítico 23:32 e Neemias 13:19.
Assim, o verbo
está claramente usado. Compare Luc. 23:54 e João 19:31 com Deut. 21:22,23 e com
a mesma visão pode-se compreender o relato de Mateus 28:1. Ou seja, NA TARDE DE
SÁBADO, quando os judeus estavam esperando o princípio do primeiro dia (domingo)
da semana.
A palavra
"amanhecer" ou "ao entrar" consiste num forte obstáculo à
idéia de uma ressurreição no domingo de manhã, já que Mateus nos diz que
sucediam estas coisas enquanto estava amanhecendo ou aproximando-se o primeiro
dia da semana e isto nos prova que o primeiro dia da semana não havia ainda
chegado. A ressurreição aconteceu na parte final do sábado.
A tradução grega
(mais antiga que qualquer outro texto grego conhecido), The Sinaitic Palimpset,
confirma as traduções citadas: "Na tarde do Sábado, quando o primeiro dia
da semana amanhecia..." A tradução grega original revela que não há erro
na versão do Rei Tiago (Inglês) em Mateus 28:1. Vejamos uma tradução de Mateus
28:1-7:
"Na tarde de
sábado, quando estava escurecendo para o primeiro dia da semana, vieram Maria
Madalena e a outra Maria para ver o sepulcro. E eis que houve um grande
terremoto, porque um anjo do Senhor, vindo, tirou a pedra da porta e estava
sentado sobre ela. E sua aparência era como de um relâmpago e seu vestido
branco como a neve. E com temor dele, os guardas que cuidavam tremeram e
estavam como mortos. Porém o anjo respondendo, disse as mulheres: Não temais
porque sei que procurais a Jesus que foi crucificado. Não está aqui, porque
ressuscitou, como disse. Vinde, vede o lugar onde foi posto o Senhor. E ide
logo, dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos".
Isto fica
confirmado com a "tradução interlinear do Novo Testamento Grego" por
George Ricker Berry, Ph. D., Universidade de Chicago e Universidade Colgate,
Departamento de Línguas Semíticas.
Assim, à primeira
vista, poderíamos estranhar que a ressurreição tivesse ocorrido antes do
pôr-do-sol. Ao entanto, pensando mais detidamente, descobrimos que é exatamente
neste momento do dia em que deveria acontecer (e tinha que ser assim) para que
as palavras proféticas de Yeshua se cumprissem exatamente.
Até aqui
encontramos o tempo aproximado da ressurreição. No fim do sábado semanal.
Porém, quando comparamos com o tempo em que se presume que o Mashiach foi posto
no túmulo, a investigação que fizemos sobre o elemento tempo em nosso estudo,
parece ainda mais confusa.
Se o Mashiach,
como se diz, foi colocado no túmulo antes do crepúsculo da sexta-feira, e ressuscitou
antes do crepúsculo de sábado, logo esteve no túmulo somente 24 horas, ou seja,
um dia e uma noite.
Isto não pode ser
verdade, porque então não teria sentido nenhum dizer que o dia depois da
ressurreição era "o terceiro dia desde que aconteceu..." (Lucas
24:21)
Yeshua disse
que estaria no túmulo três dias e três noites, portanto, visto que Ele
ressuscitou no fim do sábado, temos somente que contar para trás até o tempo
que Ele profetizou que estaria ali, para determinar quando foi posto no sepulcro.
Esta conta para
trás nos leva precisamente ao crepúsculo de quarta-feira, o que significa que
Yeshua foi crucificado neste dia e não na sexta-feira.
Agora pode-se ver
claramente porque trabalhamos tanto com a pergunta referente ao tempo em que
Mashiach saiu do túmulo, para poder dar resposta à pergunta anterior: quando
Yeshua HaMashiach foi posto no túmulo?
Porém... poderia
perguntar-se: Como pode ser isso? Como poderia Mashiach ser crucificado na
quarta-feira, quando está claramente relatado que o dia da crucificação foi dia
da preparação para o sábado?
João, o
Evangelista - nos dá a resposta: "Então os judeus, porque era véspera da
Páscoa, para que os corpos não fossem retirados da cruz no sábado pois era
grande o dia de sábado, rogaram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas, e
fossem retirados". (João 19:31)
Isto mostra que o
Mashiach foi crucificado um dia antes do chamado "grande dia de
sábado". Este era o sábado, sétimo dia da semana? Não, não era. Não podia
ser, porque o sábado semanal designado como descanso nos Dez Mandamentos, nunca
se lhe chamou ou referiu como sendo um "um grande dia".
Acrescente-se
ainda que João esclarece que o dia anterior à páscoa é que se chamava
"preparação": E era a preparação da páscoa, e quase a hora
sexta..." Esta preparação não era, portanto, uma preparação para o Sábado
do Eterno, o sétimo dia, mas a preparação da páscoa. (João 19:14)
Alguns argumentam
que este "grande dia de sábado" especial ocorreu no mesmo dia do
sábado semanal. Não pode ser este o caso, porque pode se provar simplesmente
pelos registros astronômicos, que a lua cheia aconteceu, no ano da
crucificação, na terça-feira - 13de Nisã, as 2 da tarde (Este dado foi
comprovado e corroborado pelo Observatório Naval dos Estados Unidos, e pelo
Astronomer Real Britânico).
Agora, é de suma
importância recordar que a PÁSCOA sempre ocorreu no dia seguinte da noite de
lua cheia. E o dia seguinte da lua cheia neste ano da crucificação foi
precisamente na quarta-feira, 14 de Nisã, portanto, a Páscoa não pode ter sido
neste ano num Sábado semanal. Nisã é o mês judeu que corresponde a parte do mês
de março e uma parte do mês de abril do nosso calendário. Os dias da semana são
os mesmos nos dois calendários. Quarta-feira no calendário judeu é quarta-feira
no Gregoriano.
DOIS SÁBADOS NAQUELA MESMA SEMANA
Com uma simples
comparação de textos, podemos provar que na semana da morte de Yeshua , houve
dois sábados: O primeiro dia dos asmos, que caía no dia 15 de Nisã e que neste
caso, foi na quinta-feira e o Sábado do Eterno, o sétimo dia da semana. Para
melhor entendermos, tomaremos um fato ocorrido neste período, ou seja, a compra
de material e o preparo das especiarias, para se ungir o corpo de Yeshua.
Vejamos quando isto ocorreu, segundo o relato de Lucas 23:54-56.
"E era o dia
da preparação, e amanhecia o sábado. E as mulheres, que tinham vindo com ele da
Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E,
voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos, e no sábado repousaram
conforme o mandamento."
Por esta passagem
fica claro a ordem de acontecimento das coisas:
a) Já estava
terminando o dia da preparação, com o pôr-do-sol, e começando o sábado. Já não
havia mais tempo para comprar e preparar as especiarias para ungir o corpo do
Eterno, pois já era sábado.
b) O verso 54, no
entanto, fala que elas, as mulheres, prepararam tudo antes do sábado e que
repousaram neste dia, conforme ordenava o mandamento.Como entender isto? Se já
estava iniciando o sábado, como e quando elas compraram e fizeram os
preparativos se o verso final nos prova que elas observaram o sábado. Difícil,
não?
Comparemos agora o
mesmo assunto com o descrito em Marcos 16:1 "E, passado o sábado, Maria
Madalena e Maria mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem
ungi-lo."
Este texto, parece
complicar mais, todavia é aqui que se esclarecem os fatos, pois fala que as
mulheres foram comprar as especiarias DEPOIS do sábado. Lucas, no verso 54 nos
disse que este preparo ocorreu antes do Sábado e Marcos disse que foi depois!
Como harmonizar as coisas?
A grande e
esclarecedora verdade é que naquela semana houve dois Sábados: Um cerimonial,
ocorrido na quinta-feira, ou seja, o primeiro dia da grande festa dos asmos e o
outro, o sétimo dia da semana, ou o Sábado citado pelo quarto mandamento do
decálogo divino. Assim que Yeshua morreu no dia 14 de Nisã, uma
quarta-feira, também considerado o "dia da preparação"; foi sepultado
no final deste dia, próximo ao pôr-do-sol, portanto já quase na virada para a
quinta-feira, que por sua vez era o dia dos asmos, um sábado cerimonial e
festivo. Foi depois deste sábado cerimonial ou quinta-feira, que as mulheres
compraram e prepararam as especiarias, o que harmoniza com Marcos 16:1.
Uma vez preparado
o material para ungir o corpo do Eterno, o que certamente se aprontou na
sexta-feira, no Sábado do Eterno elas repousaram conforme o preceito da Lei (o
que prova que os primitivos cristãos eram sabatistas) e no primeiro dia da
semana foram cedo para fazer a santa unção. Isto harmoniza também Lucas 23:54 e
24:1 com Marcos 16:1, 2. Portanto, fica claro que naquela semana houve dois
Sábados, dissipando-se assim quaisquer possíveis dúvidas no assunto.
OUTROS DIAS CHAMADOS
"SÁBADOS"
Observe-se que a
Bíblia fala de outros dias que não sendo o sétimo dia da semana, também recebem
o nome de "Sábado". Por exemplo, encontramos um dia diferente chamado
sábado no seguinte versículo: "...fala aos filhos de Israel e diz-lhes: No
sétimo mês, ao primeiro do mês tereis descanso (SÁBADO), uma comemoração ao som
de trombetas e uma santa convocação..." (Lev. 23:24)
Se lermos o
versículo 39 encontraremos mencionado outro sábado: "Porém aos 15 dias do
sétimo mês, quando tiverdes recolhido o fruto da terra, celebrareis a festa do
Eterno por sete dias, o primeiro dia será descanso (SÁBADO); descanso (SÁBADO)
será também o oitavo..."
Um texto que em
nossas versões esclarece melhor que os dias de descanso nas festas fixas, eram
chamados Sábados se acha em Lev. 23:32, ao dizer que o dia 10 do sétimo mês
seria um Sábado para Israel: "Sábado de descanso vos será... aos nove do
mês a tarde, duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso Sábado." Se
esta era uma data fixa, é obvio que podia cair em qualquer dia da semana e que
seria um sábado, um sábado cerimonial, integrante de determinada festa.
Poderíamos ainda
elucidar este assunto com uma passagem que menciona um Sábado denominado
segundo-primeiro. Que seria isto? Certamente que este sábado não era o semanal,
sétimo dia, mas um Sábado cerimonial. Porque segundo-primeiro? Porque era um
Sábado secundário (não o principal, o 7º dia semanal), mas que caia primeiro,
na semana, antes do Sábado do Eterno. Ver Lucas 6:1. Assim é evidente e fácil
de compreender que estas festas em datas fixas eram celebradas em qualquer dia
da semana e que os dias em que não se trabalhavam eram considerados como
"sábados".
Quando verificamos
algumas passagens do Tanach (AT), pertencentes à instituição da Páscoa e da
festa dos pães sem fermento que vem em seguida, encontramos porém outro dia
chamado sábado e este é precisamente o SÁBADO ou "grande dia" a que
João se referiu no capítulo 19:31, citado anteriormente.
Assim é
indispensável determinar com que significado a palavra sábado está sendo
aplicada na Bíblia, e de acordo com as Escrituras citadas pode-se ver que o
Sábado que veio no dia seguinte ao que o Mashiach foi crucificado, não foi
necessariamente o semanal dia de sábado, de acordo com o quarto mandamento.
O SÁBADO DA PÁSCOA
O Mashiach foi
morto no dia 14 do primeiro mês hebreu, chamado Nisã ou Abib (o mesmo dia no
qual o cordeiro da Páscoa era sacrificado sob o Antigo Testamento - Leia Êxodo
12:1-6) e isto podia acontecer em qualquer dia da semana.
O dia seguinte à
morte do cordeiro da Páscoa, sempre era chamado de "Sábado". Isto
determinamos com os seguintes versículos: "...No primeiro mês, aos
quatorze do mês, pela tarde, é a Páscoa de Jeová. E aos quinze deste mês é a
festa dos asmos. No primeiro dia tereis santa convocação: nenhuma obra servil
fareis..." (Lev. 23:5-7)
Aqui o décimo
quinto dia chama-se sábado, e era "uma santa convocação", o qual
contrasta com o versículo 24: "...ao primeiro do mês terei sábado, uma
comemoração ao som de trombetas". Uma santa convocação significa um
descanso e dia de reunião.
Era um tempo em
que nenhum trabalho servil (ou trabalho de qualquer natureza) deveria ser
feito. Isto era um Sábado, por isso se pode ver que o dia seguinte à
crucificação do Mashiach, o qual Lucas chama "o sábado" (Lucas
23:54), teria por necessidade que corresponder ao dia seguinte da Páscoa, de acordo
com Levítico 23, e sendo sábado, não era o sétimo dia - o sábado semanal.
O dia da
crucificação foi chamado de "a preparação" para o sábado da Páscoa
que imediatamente lhe seguia, e não foi necessariamente uma sexta-feira da
semana. Neste ano particularmente, o dia da "preparação" foi
quarta-feira. (Mais tarde o verificaremos).
Yeshua morreu
ao redor das três horas da tarde deste dia, e justamente antes do crepúsculo
deste mesmo dia foi posto no túmulo. Setenta e duas horas mais tarde (ou três
dias e três noites) cumpriram-se antes do crepúsculo do sétimo dia, sábado
semanal, o qual foi o tempo (de acordo com Mateus 28:1) em que o anjo abriu o
túmulo e disse: Não temais vós, porque eu sei que procurais a Yeshua (Jesus),
que foi crucificado. Não está aqui porque já ressuscitou, como disse. Venham,
vede o lugar onde foi posto o Eterno..." (versos 5,6)
O TEMPO QUE ESTARIA
NO SEPULCRO
Agora
prosseguiremos nosso estudo considerando alguns versículos relacionados com o
tempo do sepultamento de Mashiach. Este tempo é referido nos Evangelhos de três
modos diferentes, como segue:
1 - Yeshua
"estaria três dias e três noites no coração da terra" (Mat. 12:40)
2 - Ele
"ressuscitou ao terceiro dia" (Mat. 16:21 e ver também Mat. 17:23;
20:19; Luc. 9:22)
3 -
Yeshua havia dito: "depois de três dias me levantarei outra
vez" (Mat. 27:63 e Mar. 8:31)
Sabendo que a
Bíblia é divinamente inspirada e sem contradição, deve existir completa
harmonia entre estes três períodos de tempo designados, e especialmente entre
os termos: "ao terceiro dia" e "depois de três dias".
E aqui temos: A
referencia (nestes versículos) sobre o tempo que o Mashiach estaria no túmulo,
de nenhuma maneira se põe em evidência ou contradiz a doutrina da crucificação
na quarta-feira e a ressurreição no fim do sábado (justamente antes do
crepúsculo). Os versículos harmonizam com esta verdade de modo maravilhoso e
mostram a exatidão da Palavra de D-us.
"RESSUSCITADO
AO TERCEIRO DIA"
Como pôde Yeshua
ter estado no túmulo três dias e três noites e ressuscitar ao terceiro dia?
Esta pergunta é
facilmente respondida. Ele foi posto no túmulo numa quarta-feira (antes do
crepúsculo). Vinte e quatro horas mais tarde se cumprem justamente antes do
crepúsculo de quinta-feira, o qual marca o primeiro dia que estava no túmulo.
Contando da mesma maneira, sexta-feira foi o segundo dia e o sábado (antes do
crepúsculo 72 horas mais tarde) foi o terceiro dia. Três dias completos de 24
horas que Ele esteve sepultado, para sair do sepulcro no sábado semanal
justamente antes do crepúsculo.
"DEPOIS DE TRÊS
DIAS"
Outra vez: Como
Yeshua poderia ter ressuscitado ao terceiro dia e ao mesmo tempo
deixar o túmulo depois de três dias?
Esta é a resposta:
De acordo com Mateus, Mashiach deveria estar no túmulo três dias e três noites
(72 horas). Assim cumprindo este período de tempo, diz-se depois, que ELE havia
estado ali três dias. Ele não levantou-se antes de que os três dias expirassem.
Porém, sobrava um tempo de claridade ainda do dia, depois que passou o tempo
especificado e o crepúsculo terminava, para que fizesse sua saída do túmulo e
fizesse-a no terceiro dia.
Portanto, achamos
perfeita harmonia nas três definições de tempo, tudo em seu exato minuto, como
sabemos que D-us faz tudo. Louvado seja o Seu nome!
"O TERCEIRO DIA
DESDE..."
Há mais uma
referência no fator tempo, que está ligada a crucificação e ressurreição do
Mashiach. Esta foi feita por um dos homens que iam caminhando para uma vila
chamada Emaús, no dia seguinte da ressurreição, enquanto Yeshua (Jesus) (não O
identificaram logo) juntou-se e andou com eles.
Iam,
desconsolados, falando dos acontecimentos recentes que envolviam a morte e
ressurreição de Yeshua (Jesus), quando disse: "E nós esperávamos que fosse
Ele que remisse Israel, mas agora, sobre tudo isso, hoje já é o terceiro dia
que estas coisas aconteceram..." (Luc. 24:21)
Notamos
anteriormente que em vários versículos está relatado que Yeshua ressuscitaria
no terceiro dia depois de sua crucificação e sepultamento. Se este terceiro dia
mencionado por um dos discípulos que iam a Emaús era o terceiro dia depois de
que Mashiach foi posto no túmulo, a conclusão seria que a ressurreição ocorreu
no primeiro dia da semana.
Isto apresenta uma
direta contradição com os relatos que consideramos em outros versículos da
Bíblia. Um deles, ao sinal de Jonas, e o outro: o relato feito por Mateus de
que o Mashiach não foi encontrado no túmulo no final do sábado. Observaríamos
ainda que este não é um relato contraditório feito em Lucas 24:21, como pode-se
ver observando exatamente o que diz no versículo que estamos considerando.
Quando o
analisamos podemos ver que não somente NÃO É UMA CONTRADIÇÃO, mas que é
impossível que o domingo tenha sido "o terceiro dia desde que...", o
"depois" seguindo o dia da crucificação do Mashiach. Por quê? Porque
se domingo foi o terceiro dia depois da crucificação, não teria acontecido na
sexta-feira, deveria ter ocorrido na quinta-feira, porque se o domingo era o
terceiro dia depois, então seguindo o raciocínio anterior, ou seja, contando
para trás - o sábado seria o segundo dia e a sexta o primeiro dia depois da
crucificação, não o dia do acontecimento.
Seria absurdo e
fora de harmonia com o entendimento comum e a dicção gramatical, dizer que o
dia em que o Mashiach foi crucificado era o primeiro dia depois (ou desde) que
foi feito. Isto não tem sentido. Certo?
Agora mostraremos,
analisando o que o discípulo disse, que nem complica o assunto, nem o faz de
modo nenhum contraditório aos relatos de outras partes da Santa Bíblia.
Embora o versículo
que citamos seja usado geralmente para fundamentar a crença de que Mashiach
ressuscitou no domingo, não o confirma. O discípulo não disse: "... hoje é
o terceiro dia depois da crucificação e morte de Yeshua ..."Ele disse
assim: "...hoje é o terceiro dia que isto aconteceu..." De tal modo
que primeiro é indispensável definir a que se refere: "que isso
aconteceu". (Lucas 24:21)
Aparentemente os
homens estavam falando de outras coisas além da crucificação e sepultura de
Yeshua (Jesus), porque lemos no verso 14: "E iam falando entre si de todas
aquelas coisas que tinham acontecido..." Isso havia incluído tudo o que
havia sido feito em relação a morte e sepultamento de Yeshua . Algo que foi
feito por último, consistiu no selamento da pedra que fechou o túmulo e o estabelecimento
da guarda que cuidou do sepulcro com severa vigilância, e concluiu-se no dia
seguinte de sua morte, que era quinta-feira (o selamento e a vigilância), como
o comprova a leitura dos seguintes versos:
"...E no dia
seguinte, que é o dia seguinte depois da preparação, reuniram-se os príncipes e
sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de
que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia,
para que não venham seus discípulos de noite e o furtem, e digam ao povo:
Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E
disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda, ide guardai-o como entenderdes. E, indo
eles asseguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra". (Mateus
27:62-66) Assim, o tempo a contar dos dias posteriores, seria desde o dia em
que a última coisa foi feita, relacionada com a crucificação, e esta era a que
acabamos de assinalar: o selo do túmulo e o estabelecimento da guarda.
Acontecimento ocorrido na quinta-feira.
De tal maneira que a sexta-feira havia sido o
primeiro dia depois: o sábado o segundo dia depois e o domingo o terceiro dia
depois de que "todas estas coisas aconteceram". Fonte:
TORAH WEB - site judaico messiânico
postado por Filipe costa cont:86-8833-9674
oi/9418-9760 claro/
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